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Como sei que Orixá devo oferendar?


Mãe Mônica Caraccio

Este é um artigo especial que prometi aos alunos do Grupo de Estudo Religioso Umbandista que realizo. Porém, como é um assunto de extrema importância e que traz duvidas a muitos Umbandistas.

Nós umbandistas, sabemos que um dos atos ritualístico mais importantes para a nossa religião são as Oferendas que realizamos aos Orixás eOferenda aos Guias Espirituais. Sabemos também que a nossa maior benção é ter a força da natureza à nossa disposição, afinal ao oferendar um Orixá em um ponto de força, além de ativar a Divindade, ativamos também as forças elementais da natureza deste local em uma ação dupla de pura Força e Poder. Portanto, além de termos uma grande responsabilidade com a preservação da natureza, temos também a responsabilidade de saber onde, como e para quem pedir o amparo e a sustentação em nossas dificuldades, assim não ativaremos forças contrárias ou desnecessárias às nossas necessidades.

Vejam só a importância deste conhecimento: Imaginem que ‘Fulana’ está perdidamente apaixonada por um homem comprometido, que a tem como segundo plano. Que Orixá ‘Fulana’ deve oferendar solicitando ajuda? A maioria responderia essa questão dizendo que a oferenda deveria ser feita à Orixá Oxum, mas eu digo que, neste caso, ‘Fulana’ deve oferendar o Orixá Oxumaré. Calma, eu explico: como pedir a Oxum a união e a harmonia entre o casal se essa união é errada? Afinal ele é comprometido! Não seria mais correto pedir a Oxumaré a diluição dos sentimentos viciosos e desequilibrados que envolvem os dois para que assim, libertos do vicio da paixão, eles possam equilibrar seus sentimentos? Não seria mais correto pedir a Oxumaré uma renovação emocional abrindo horizontes e energias mais puras? A mesma coisa é pedir movimento e direção na vida a Nanã, abertura de caminho a Oxalá ou paciência a Ogum! Não é que as Forças Divinas não atenderão nossas solicitações, mas se podemos facilitar, agilizar, melhorar e, principalmente, direcionar nossas solicitações por que não fazê-las? É uma questão de bom senso e sabedoria, não acham? Por isso, preparei um material de estudo bem resumido e de fácil compreensão para que todos possam direcionar ao máximo suas solicitações em oferendas, lembrando que, antes de tudo, o auto conhecimento, o respeito e a fé são fundamentais.


OXALÁOferendamos Oxalá quando necessitamos fortalecer ou despertar em nosso íntimo os sentimentos de fé, paciência, tolerância, perdão e compaixão. Quando precisamos colocar em nossas vidas mais esperança e confiança.

OYÁOferendamos Oyá quando necessitamos despertar ou equilibrar a religiosidade em nossas vidas, ou seja, é a Ela que clamamos quando nossa fé ou nossa religiosidade está desvirtuada pelo fanatismo, quando está ausente ou até pela má utilização da fé. É Oyá quem absorve os excessos da fé. A Ela também solicitamos envolver, purificar e redirecionar, com suas ondas espiraladas, os eguns perdidos no tempo, aqueles espíritos que ha muito tempo vagam no astral, que já se encontram perdidos e com seus mentais vazios tornando-se alvos fáceis para as grandes quiumbas que os escravizam e os utilizam para o mal. Além desses tipos de eguns, Ela também recolhe aqueles que nos acompanham desde muito tempo, de vidas passadas, e que por um sentimento de vingança emocional nos envolvem desequilibrando-nos até hoje. Ela é a Dona do Tempo cronológico.

OXUMOferendamos Oxum pedindo que Ela amoleça o nosso ou outros corações, a fim de se tornarem mais amorosos. Pedimos a Ela que estimule a união através dos sentimentos de amor puro e fraternal. Só através do amor puro é que a verdadeira união acontece e essa união vale em todos os sentidos (profissional, social, familiar, etc). Com essa união vem a felicidade, ou seja, a verdadeira prosperidade é concedida a nós. Portanto Ela é a Mãe da Concepção, aquela que tudo concede quando há amor.

OXUMARÉOferendamos Oxumaré quando é necessário diluir sentimentos que estão desequilibrados. Por se tratarem de sentimentos viciados eles são ou se tornarão dolorosos como, por exemplo, o sentimento da paixão ou do desejo. É importante salientar que algumas vezes não percebemos o desequilíbrio emocional em que nos encontramos, portanto, se fazem necessários o auto conhecimento, o verdadeiro querer melhorar e, principalmente, a fé. A Oxumaré solicitamos também que renove o nosso emocional trazendo a pureza dos sentimentos pois este é o Orixá da renovação do amor na vida dos seres. Ao trazer a cura emocional Ele é também capaz de, automaticamente, curar o físico, sendo assim, oferenda-se Oxumaré também para socilitar a cura.
OXÓSSIOferendamos Oxóssi para que ele nos ajude no raciocínio consciente, ou seja, para que ele nos traga o conhecimento, o esclarecimento e a sabedoria em todos os sentidos da vida. A Ele também solicitamos a coragem, a rapidez, o espírito caçador para as novas empreitadas. Pedimos que sustente nossa caminhada espiritual com sabedoria e que cure nossos mentais desequilibrados. Oxóssi é um Orixá guerreiro, que nos traz a força da atitude, a força da vontade, enfim, é o Orixá que nos ajuda naquilo que mais precisamos para evoluir: O Conhecimento. É um Orixá que tem como domínio as matas e ervas e por isso propicia também a cura energética e mental.
OBÁOferendamos Obá para pedir concentração mental e quietude racional, ajudando a boa memória e a capacidade de assimilação mental. No entanto, a Ela também solicitamos que nos ajude a eliminar pensamentos negativos ligado aos dogmas e conhecimentos errôneos, pedimos que nos ajude a esquecer aquilo que nos negativa. Obá, com sua ação discreta e firme, estimula nossa interiorização favorecendo o auto conhecimento e paralisando todas as formas viciadas de conhecimentos. Essa Orixá nos traz o sentido do “chão firme”, portanto, devemos clamá-la naqueles momentos em que nos encontramos sem chão ou aéreos demais, precisando de concentração e firmeza de pensamento.

XANGÔ – um dos Orixás mais temidos pelo fato de ser Ele o determinador da Justiça e quem ativa a Lei em nossas vidas, fazendo valer o ponto que diz “quem deve paga e quem merece recebe”. Portanto, oferendar Xangô é muito forte e muito especial, é nesse momento que devemos baixar nossas cabeças e permitir que seja feita a vontade de Deus e não a nossa. E é esse o “espírito da coisa”: não se oferenda Xangô para pedir a nossa justiça, mas a justiça Divina. Infelizmente, isso pouco acontece, pois as pessoas estão viciadas em seus desejos e julgamentos e vão logo aos pés do Grande Rei Xangô pedir seus desejos, o que é um grande erro. Devemos oferendar Xangô para buscar e pedir equilíbrio entre a razão e a emoção, a justiça, a sensatez, a razão, a determinação e a coragem para recebermos aquilo que merecemos. Pedimos a Ele que nos mantenha sensatos e livres de quaisquer julgamentos, tanto os que emitimos quando os que recebemos.

EGUNITÁ – mesmo sabendo que poucos conhecem ou cultuam essa Orixá, vale a pena dizer que Ela é o fogo vivo e divino, portanto a Oferendamos quando queremos que essa ação do fogo queime e consuma todas as energias negativas, todos os excessos emocionais e todos os cordões negativos que nos envolvem e envolvem nossas casas. Ela também ajuda a consumir energias de vícios.

OGUM – falar desse Orixá é falar de coragem, lei, ordem, ordenação, retidão e determinação, portanto Oferendamos Ogum para receber em nosso íntimo esses atributos e para manifestá-los em todos os sentidos das nossas vidas, seja profissional, material, emocional ou espiritual. Quando o Oferendamos pedimos também que nos envolva com sua força guerreira, solicitamos a abertura de nossos caminhos e a proteção de seus Guardiões da Lei. Ogum não julga nada nem ninguém pois esta atribuição pertence a Xangô. Ogum é quem aplica a Lei, portanto oferendar Ogum no sentido de submissão à Lei Maior e à Justiça Divina (ou seja, submissão a Deus) é dar as costas para receber os “chicotes” da Lei. Esses doem, mas são necessários para cessar nossas dividas cármicas acelerando nossa evolução espiritual. Feliz daquele que tem coragem, amor e fé suficientes para sentir tão grande Poder e Ação, fazendo valer o ponto: “o que se ganha de OgumOgum pode tirar”. É por isso que dizemos que Ogum é quem ativa nossas próprias demandas como também é o único que tem o Poder de ordenar a quebra de nossas demandas, tudo pela determinação da Lei de Deus.

YANSÃOferendamos Yansã para pedir movimento e direção em todos os sentidos da vida, a Ela solicitamos que nos envolva com sua Força guerreira para nos ajudar em nossas mudanças e conquistas, portanto, a Oferendamos quando estamos com nossas vidas estagnadas, quando nos encontramos depressivos, sem energia, sem direção, perdidos e cheios de dúvidas, afinal Yansã é a manifestação da alegria e da paixão pela vida e pelo que faz. Pedimos também a força e o movimento de Yansã para que envolva e encaminhe todos os eguns, espíritos negativos que desvirtuam nossa caminhada material, emocional e espiritual, direcionando-os aos domínios de Obaluaiyê ou Omulu onde serão conduzidos aos seus lugares de merecimento. Ela esgota os seres e os redireciona, abrindo novos caminhos por onde evoluirão de forma menos emocional. Yansã é a Orixá do Tempo climático, Senhora dos ventos, dos raios, do movimento e da direção.

OBALUAIYÊOferendamos este Orixá para pedir que Ele nos ajude em nossa evolução espiritual e que nos traga a sabedoria junto com a paciência – a sapiência. Ele é o Senhor das Passagens, portanto é ele quem permite a nossa passagem de um nível para outro, isso quer dizer que é ele quem nos conduz e quem abre as porteiras em nossas mudanças de estágios ou graus espirituais, por isso é a Ele que clamamos quando nos encontramos estagnados e paralisados. Também é Ele quem nos conduz nas mudanças de estado encarnado para desencarnado e vice-versa, ou seja, é ele quem acolhe os espíritos que acabaram de desencarnar, assim como conduz os espíritos que irão reencarnar. A Ele pedimos estabilidade, proteção e sabedoria anciã. Também pedimos para transmutar e transformar nossos sentimentos, portanto, é Ele quem permite e proporciona a cura da alma.

NANÃOferendamos Nanã para solicitar que Ela decante nossos sentimentos e lembranças negativas, que nos ajude a esquecer as mágoas, o rancor, a dor, etc. A Ela pedimos maturidade e mobilidade para viver em harmonia e com sabedoria.

YEMANJÁ – a grande Mãe da Vida é ofertada quando precisamos de coisas novas em nossos caminhos, por isso pedimos a Ela que gere em nós a vontade de viver, de crescer, de melhorar, etc. Pedimos que Ela gere em nós, e para nós, novas oportunidades em todos os sentidos da vida. Como grande Mãe que é, Ela rege a família e portanto equilibra e apazigua os laços familiares e o sentido de “ser mãe”. Ela nos favorece suas qualidades geradoras, renovadoras e criacionistas, ou seja, Ela nos permite buscar coisas novas, aguçando nossa criatividade e estimulando nossas percepções.

OMULU – sabemos que muitos identificam Omulu e Obaluaiyê como sendo o mesmo Orixá, no entanto, a ação de Omulu é muito mais ativa, pois é um Orixá cósmico, ou seja, atua em nossa vida de forma ativa paralisando nossos desequilíbrios e punindo, caso seja necessário, as terríveis quiumbas que já se encontram de forma super negativadas. Portanto solicitamos a Omulu, o grande Orixá do Fim, que coloque um fim nas ações do baixo astral, um fim em nossos desequilíbrios emocionais e espirituais, assim como um fim às dores da alma, do físico e da mente.

Alguns pontos que merecem ser destacados e devem ser lembrados no momento de oferendar:

• A melhor e mais poderosa de todas as oferendas é aquela que fazemos sem pretensão alguma, somente com o sentido de agradecimento. Essa é a oferenda religiosa que tem como guia nosso coração e que pode ser realizada dentro da nossa casa a qualquer hora, é só ofertar ao Orixá o nosso amor e a nossa fé. Pronto! Eis o segredo da felicidade.

• Tudo que for solicitado só será atendido diante da necessidade e do merecimento da pessoa, portanto, as oferendas não devem ser confundidas com barganhas.

• Não adianta a pessoa oferecer uma feira inteira ao Orixá se não tiver Fé. Muito mais do que está sendo oferecido as Divindades esperam o amor, o respeito, a fé e os sentimentos positivos do fiel no momento da oferenda.

• As Divindades não comem os elementos ofertados, Elas apenas absorvem as energias dos elementos e as conduzem aos seus fieis de forma potencializada e divina, portanto, Ogum não bebe a cerveja, Oxalá não come a canjica, Oxóssi não come as frutas, etc.

• Lembre-se sempre de preservar a Natureza e o respeito à sociedade. Não deixe sujeira nos pontos de força. A Umbanda e a Natureza agradecem.

Muito Axé a todos e bons estudos!

Mãe Mônica Caraccio

Texto e imagem retirados do site Minha Umbanda

Guias de Umbanda – Orientadores ou Deuses


Sabemos que a Umbanda possui sete linhas, cada linha com sua representação. Mas então o que seriam os representantes de cada linha? Orientadores? Deuses como no antigo Egito ou como na cultura greco romana?

Cabe lembrar que no antigo Egito, assim como os gregos e romanos, ao contrário dos Umbandistas, eram politeístas, acreditavam na existência de vários deuses, que por sua vez possuíam poderes acima da capacidade humana. Os Umbandistas são monoteístas, quer dizer, acreditam na existência de um só Deus, um só Criador.

Se a Umbanda é monoteísta então seus Guias não poderão ser Deuses e sim orientadores. Esses orientadores também já passaram pela reencarnação e estudaram muito no plano espiritual, atingindo assim um grau de evolução que os permite orientar os filhos de fé.

A corrente astral de umbanda é constituída de muitos orientadores que dentro das sete linhas vem a Terra nos ajudar, usando seus “cavalos” e esses por sua vez precisam ser moralmente corretos. Cada espírito orientador escolhe a sua linha por afinidade, pois cada linha representa um pouco da natureza, logo os que têm mais afinidade com a mata trabalharão na linha de Oxossi e assim são os médiuns que irão servir de “cavalo” para esses orientadores. Dentro de cada linha existem vários espíritos de Luz que vem com um mesmo nome, o que explica incorporações diferentes de um mesmo Guia.

Exemplificando: Na linha de Yemanjá existe uma variedade de espíritos que podem vir com o nome de Yemanjá.

Sendo então nossos Guias orientadores, eles nos guiarão para que possamos evoluir e permanecer no caminho de paz e luz. Sempre que precisarmos de orientação poderemos recorrer a eles, mas quando precisamos fazer algum pedido mais complexo então deveremos recorrer ao Grande Pai Oxalá. Ele por sua vez passará a orientação para o Guia que ajudará o seu “cavalo”. Então podemos dizer que o pedido foi atendido pelo pai Oxalá através do seu Guia.

Torno a dizer nossos Guias são nossos amigos e orientadores, não são deuses e nem gostam de ser chamados como tal.

Então todos nós filhos de fé ou simpatizantes da nossa amada Umbanda, temos uma missão muito importante, LEVAR A BANDEIRA DO PAI OXALÁ.

Avante filhos de fé.

Escrito por Michelle Gelmini sob orientação da corrente astral de Umbanda

A Umbanda ainda desconhecida


Quantos de nós Umbandistas já nos vimos sendo pegos pela indignação e revolta pelos que, fomentados certamente por espíritos da ignorância e intolerantes religiosos, vivem atacando nossa religião.

Acusam-nos de prejudicarmos pessoas, separarmos casais, fomentarmos uniões através de feitiços, de utilizarmos sangue, matar animais, que somos anti Cristo e por aí segue uma interminável lista de maldades, que dizem, praticamos ao nosso bel prazer, sob a influência “do maligno”, sendo em hipótese alguma, qualquer dos absurdos citados anteriormente façam parte de nossa Religião.

Nos acusam de fazermos e praticarmos essas maldades, porém, o pior é que esses mesmos algozes sequer sabem o que é a Umbanda, confundem-na com o Espiritismo ou com o Candomblé e até com baixas magias.

Não sabem eles que a Umbanda é a única religião que, com o passar do tempo, teve a capacidade, por influência do mundo espiritual, de agregar as melhores coisas de várias religiões, transformando as boas experiências de diversos segmentos religiosos numa única, porém com muitas diversidades.

Temos como pilastra, os ensinamentos de Jesus, a beleza e a força dos Orixás africanos, a reencarnação das religiões Orientais e do Hinduísmo, a luta e a experiência do Povo Indígena, temos os ensinamentos do Espiritismo, tudo isso pregado e ensinado insistentemente pelas Entidades Espirituais enviadas por Deus, para que com esses ensinamentos consigamos nossa evolução espiritual e consigamos a prática da Caridade.

Poucos de outras religiões talvez tenham a consciência que muitos Umbandistas entendem mais das religiões deles do que eles mesmos, estamos em processo acelerado de aprendizado religioso, não importando a vertente que ele seja oriundo.

Quantidade significativa de Umbandistas tem em suas cabeceiras, livros das mais diversificadas religiões, somos cientes que precisamos entender as mais diversas maneiras que os ensinamentos de Deus se manifestam.

Dificilmente um verdadeiro Umbandista, comprometido com a religião criticará a religião alheia pois ele entende perfeitamente que, mesmo em caminhos diferentes, todos tem a oportunidade de chegar até a evolução espiritual e a morada de Deus.

Aceitamos criticas dos não umbandistas desde que esses críticos, no mínimo, saibam a quem estão criticando pois ataques levianos e sem base doutrinária devem ser ignorados e entregues nas mãos de Deus.

Alguns não umbandistas tentam menosprezar os Umbandistas mas não seguem os ensinamentos de sua própria religião, cujos exemplos de alguns versículos bíblicos abaixo deixam claramente demonstradas as vontades de Deus

1) I Coríntios 14:33 porque Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos.

2) Lucas 6:42 “Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.”

3) “Malaquias 2:10 não temos nós todos o mesmo Pai? Não nos criou o mesmo Deus? Por que seremos desleais uns para com os outros, profanando a aliança de nossos pais? ”

4) Mateus 7, 1: “Não julgueis os outros, para não serdes julgados, porque com o julgamento com que julgardes, sereis julgados, e com a medida que medirdes sereis medidos”.

5) Tiago 1:26 – Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.

A Umbanda e os Umbandistas estão estudando, analisando, praticando, evoluindo e principalmente aprendendo, pois afinal, essa é a preparação espiritual orientada pelo mundo espiritual, para num futuro próximo, ela seja a religião convergente e agregadora dos mais diferentes ramos religiosos e um dos verdadeiros caminhos para o encontro de Deus, não excluindo ninguém que queira se aliar nessa caminhada.

Renato de Oxossi

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Diversidade Umbandista


Podemos observar em conversas de Umbandistas em fóruns ou mesmo no orkut que muitos querem impor seu culto aos outros, achando que somente a sua Umbanda está correta.

Alguns querem enfiar o africanismo goela abaixo dos demais, outros querem a todo o custo impor que o Espiritismo é a base correta, alguns querem convencer os demais que a Umbanda de Saraceni é a correta ou ainda que a Umbanda de Zélio é a única e verdadeira.

Querem transformar a religião num grande campeonato de futebol, onde um time é o melhor que o outro e a paixão elimina a razão.

Devemos tentar ver a umbanda como uma religião criada pelo mundo espiritual e que aproveita os bons exemplos de diversas religiões e que com o passar do tempo, vai aperfeiçoando e aglutinando cada vez mais adeptos justamente por seguir os ensinamentos dos grandes mestres da humanidade que pregaram o amor, a caridade, a tolerância, a humildade, o fazer o bem sem importar-se a quem.

Nossa Religião foi cuidadosamente desenvolvida pelo Mundo Espiritual para trazer evolução aos médiuns participantes e um alento aos seres encarnados que precisam de uma palavra de paz, de esperança e perseverança.

Nunca uma Entidade Espiritual nos transmitiu qual a Umbanda é a correta, qual a Umbanda mais eficiente, qual a Umbanda verdadeira.

Sempre nos dizem que devemos ser médiuns dedicados, que devemos sempre estarmos preparados para ajudar ao próximo, sempre zelando pelo bom nome de nossa Religião, sem esperarmos retribuições de quaisquer formas que não sejam o reconhecimento do mundo espiritual.

Todas as Umbandas são corretas desde que sejam praticadas com dedicação, amor e humildade por que no final ela é uma só.

Devemos lutar com todas as nossas forças justamente para respeitar todas as vertentes e considerá-las como membro de um corpo só.

Umbanda é a religião do presente e do futuro pois a medida que os não simpatizantes vão conhecendo a beleza, a simplicidade de nossa religião, seus corações são envoltos pela magia do amor, da caridade, da humildade e da fé em Deus, e todas as discriminações que hoje a Religião ainda sofre serão dissipadas pela inspiração Divina.

Umbanda é uma só, emanada por Deus.

RENATO DE OXÓSSI

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Responsabilidade irresponsável


A Religião Umbanda não tem um órgão regulador de como os Terreiros devem funcionar pois afinal ela foi criada pelo Mundo Espiritual e sendo assim, é comandada pelos Mentores de cada casa.

Para regulamentar a parte material, documentação, a parte burocrática, preservação da imagem da religião, temos as federações estaduais que deveriam fazer isso, mas não fazem.

O que fazem é quase que tão somente filiar os terreiros em troca de um pagamento mensal, bimestral ou até anual, para, teoricamente, orientar e controlar a conduta de seus filiados e defender nossa Religião perante a sociedade.

Digo teoricamente por que na prática isso também não acontece.

As federações na ânsia de conseguirem filiados, vão aceitando-os sem critério nenhum, sem informações sobre a idoneidade dos novos associados, muitas vezes colocando o bom nome da religião na lama pelas besteiras que esses falsos umbandistas cometem contra a nossa religião e fazem isso com a aquiescência das federações.

Por outro lado, esses umbandistas por estarem filiados às federações se consideram legalizados e cometem os maiores absurdos em nome de nossa Religião por possuírem um “certificado” de filiado pendurado numa parede do terreiro, pois para os leigos, esse “certificado” teoricamente os credenciam a exercer os rituais umbandistas.

Tempos atrás tivemos o ataque gratuito de um jornal que se diz umbandista contra uma amada Entidade Umbandista.

Essa atitude revoltou profundamente aos que tomaram conhecimento do fato e que zelam pelo seu bom nome da Umbanda, mas infelizmente, nenhuma federação tomou a frente e questionou o ataque e a intolerância religiosa por parte do autor da matéria.

Ficou por isso mesmo.

Ora, se as federações umbandistas existem para defender o bom nome de nossa Religião, porquê não o fazem?

Porquê ficam alheias e não tomam a iniciativa de defender-nos dos ataques dos não simpatizantes?

Em programas televisivos evangélicos, somos diariamente atacados na nossa fé, com acusações das mais variadas, com encenações irreais que dizem que praticamos os rituais mais macabros que uma pessoa possa pensar e mais uma vez nossas federações ficam omissas, não tomando a iniciativa de exigir o respeito de liberdade religiosa garantida por Lei.

Creio que esteja na hora dos donos de terreiros filiados nas federações exigirem destas, uma postura de acordo com os interesses da Comunidade Umbandista que é bem representar nossos interesses religiosos perante à sociedade de uma maneira geral.

Se assim não agirem, nas próximas eleições das diretorias dessas organizações, vamos eleger para o seu comando, pessoas que tenham comprometimento com a nossa crença e que se conduzam como verdadeiros Umbandistas

Não sou contra a existência das federações mas está na hora delas exercerem na prática, o motivo de sua criação que é no mínimo, defender nossa religião.

Renato de Oxossi

Religioso diferente


Na maioria das religiões existentes, seus adeptos dirigem-se aos seus Templos para pedir, agradecer, louvar, enfim, buscar algo para o alento de suas dificuldades do dia a dia.

Na Umbanda ocorre o contrário. Seus integrantes vão ao Templo para doar.

Os Médiuns Umbandistas freqüentam inicialmente seus Terreiros para desenvolver-se mediunicamente e aprender sobre a religião.

A partir de completado esse aprendizado, que não é rápido como muitos pensam, vão às sessões para ajudar e prestar a caridade.

São cientes da enorme responsabilidade que tem em estarem preparados para receberem suas Entidades e transmitir boas mensagens de caridade, esperança aos que ali procuram uma ajuda e boas palavras para seus problemas diários.

O Médium preparado e ciente de sua responsabilidade não mede esforços para comparecer aos trabalhos, enfrentando chuvas, tempestades, ônibus lotado, cansaço, dificuldades pessoais pois sabe perfeitamente que sua presença é fundamental para que as suas Entidades possam transmitir os bons ensinamentos vindos do mundo espiritual.

Muitos consulentes chegam para receberem seus passes e conselhos, porém, não tem a menor idéia que para o Médium estar ali, naquele momento, suas obrigações com a Religião já se iniciaram horas antes, ainda em casa, tomando banhos de descarga, fazendo defumações, orando, justamente para que quando se iniciarem os trabalhos, tudo aconteça na maior normalidade, e suas intervenções sejam eficientes.

As pessoas freqüentadoras da assistência dos terreiros acham bonito ver os Médiuns trabalhando com suas Entidades, porém, se aquele médium não estiver preparado e se sua dedicação for precária, a comunicação da Entidade poderá ser deficitária e muitas soluções que poderiam ser apresentadas pelas Entidades deixam de ser feitas, sendo isso a conseqüência do total despreparo dos médiuns. Daí a responsabilidade da boa preparação.

Como explicar uma pessoa sair do aconchego do seu lar, abdicar de festas, jantares, encontro com amigos para ir prestar a caridade para pessoas que na grande maioria das vezes nem conhece?

Somente há uma explicação: Amor ao próximo, bom coração, compromisso com o mundo espiritual e principalmente fé.

Aproveito esse momento para ressaltar a importância dos Médiuns dedicados, realmente comprometidos com nossa Religião e transmitir-lhes a certeza que o mundo espiritual jamais os abandonará.

Cada momento de dedicação e comprometimento com suas Entidades e com sua Religião serão devidamente recompensados por Deus, independente de você pedir.

Renato de Oxossi

Falta de preparo


Se acompanharmos mais de perto todos os acontecimentos que cercam a Umbanda, nós Umbandistas, que procuramos seguir corretamente os fundamentos, ficamos pasmos com atitudes e iniciativas do que fazem os supostos Pais e Mães no Santo.

É importante ressaltar que para um Médium Umbandista, não basta apenas ter vontade de ter um Terreiro próprio, é necessário muitos anos (no mínimo sete anos) de dedicação e aprendizado para, a partir daí abrir sua própria casa.

O que vemos no cotidiano são médiuns sem fundamentos, sem conhecimentos primários de nossa Religião, abrindo Terreiros para atendimento(e exploração) de necessitados e o que é ainda mais grave, recrutando novos candidatos ao desenvolvimento mediúnico.

A pergunta que cabe é como essa pessoa poderá ser responsável pelo desenvolvimento mediúnico de novatos já que sequer ele foi desenvolvido corretamente?

Qual o aprendizado transmitido para os neófitos se o pseudo Pai ou Mãe no Santo não teve aprendizado algum? Não sabe o que ensinar.

Se houver, e pode haver, um ataque de espíritos inferiores nesse terreiro o que farão?

Correrão para onde? Buscarão ajuda de quem?

Respondo. Deixarão as pessoas sob a influência de espíritos malévolos e com problemas maiores ainda do que daqueles que foram buscar solução inicialmente.

O que essa pessoa que foi buscar ajuda e saiu pior do que chegou vai falar da Umbanda a partir daí, e com toda a razão?

Dirá que nossa religião é ruim, que atrapalha a vida das pessoas, que é do mal, etc…

Mal sabe ela que foi vítima de um charlatão, mal preparado e só interessado em seu dinheiro.

Mal sabe ela que aquele charlatão usa o nome da Umbanda mas não pratica a Umbanda.

Mal sabe ela que onde foi em busca de ajuda não pode ajudá-la e que na realidade, o grande necessitado é o dono do lugar

Há necessidade de quando formos em busca de ajuda espiritual, analisarmos bem esse local, nos informar de sua idoneidade e, se possível até a sua formação dentro da religião pois do contrário podemos ter surpresas desagradáveis para nossa vida.

A Umbanda pode sim ajudar muito aos necessitados mas há de existir um bom preparo daqueles que se dispõe a prestar essa caridade.

Renato de Oxossi