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OGÚN NA GUERRA DO PARAGUAI


(O ponto cantado de HUMAITÁ)

Retirado do Livro: As Mirongas de Umbanda – Tancredo da Silva

Quando o Brasil declarou guerra ao Paraguai, dominado pelo ditador Francisco Solano
Lopez, formaram-se diversos batalhões de voluntários em todo o país, especialmente nos Estados onde havia maior percentagem de descendentes africanos. Entre parêntesis: a guerra do Paraguai influiu muito na evolução social do elemento afro-brasileiro. Faziam parte dêsses batalhões sacerdotes dos cultos africanos, recrutados, às vêzes à fôrça, em bom número, no Maranhão, na Bahia, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, além de outros Estados.

No dia da passagem e batalha de Humaitá, os primeiros a sabverem da vitória das armas brasileiras foram os terreiros, onde o orixá Ogún Megê baixou e transmitiu a boa notícia, em 1867.

No mesmo dia da vitória, ainda ignorada aqui, Ogún tirou a seguinte corimba, que muitos cantam sem conhecer o que significa:

No campo de Humaitá
Venceu-se a guerra, meu Pai
Ogún, com seu cavalo de côr
Ogún Megê
Ogún Yara
Venceu-se a guerra, meu Pai
Ogún, com seu cavalo de côr

E assim foi anunciada a vitória dos brasileiros no Passo de Humaitá, festejada nos terreiros com grande entusiasmo. Até hoje, depois de quase um século, canta-se êste ponto:

Humaitá, Humaitá
Ó Rei de Umbanda
Ogún já venceu demanda.

Os sacerdotes africanos ajudaram o triunfo brasileiro, com a proteção de Ogún. Depois da guerra do Paraguai, muitos escravos obtiveram alforria, o que contribuiu para a emancipação final. Os terreiros ganharam prestígio com tais acontecimentos.

Quadro pintado por Mario Tossi

66 ANOS DE INCORPORAÇÃO EM SEU MÉDIUM: ZÉLIO DE MORAES



T.U.L.E.F. – Acreditamos que o texto acima seja da irmã LÍLIA RIBEIRO, se Zélio desencarnou em 1975 este texto no mínimo é de 1974.

A MEDIUNIDADE NA UMBANDA


Fátima Damas

Quem se detém a estudar às obras espíritas, sejam Kardecistas ou umbandistas, conclui que a totalidade dos autores afirma, categoricamente, que os médiuns completamente inconscientes são casos raros, raríssimos, sendo que muitos defendem a mediunidade consciente como perfeitamente cabível nos trabalhos de Umbanda e outros (como Matta e Silva, por exemplo), não admitem o médium consciente total, exigindo, para uma incorporação autêntica, a semi-inconsciência, onde o aparelho fica como que aturdido e sem forças para intervir naquilo que a Entidade está querendo dizer.

O fato é que este ponto é um problema muito delicado para a prática da mediunidade, pois, só com muita experiência, conseguimos fazer com que o nosso psiquismo não interfira no trabalho dos guias e protetores, principalmente quando o médium está lidando com pessoas de suas relações mais chegadas, ou com parentes seus. Tirar a cabeça do médium dos trabalhos do Guia é, justamente, uma das coisas mais difíceis de se conseguir, quando se é novato, pois sempre acarreta dúvidas e preocupações, mormente naqueles que receiam o fantasma da mistificação.

O mais engraçado é que pouquíssimos têm a coragem e a decência de se confessarem conscientes ou, pelo menos, semi-inconscientes querendo todos passar por médiuns mecânicos ou inconscientes totais, o que a meu ver, já é uma prova de deslealdade incompatível com o verdadeiro sacerdócio da missão mediúnica, na sua acepção mais profunda. Eu mesmo, quando comecei na Umbanda, mantive a idéia, plenamente enraizada, de que mediunidade era sinônimo de “inconsciência” na hora do transe mediúnico.

Quando comecei a sentir as primeiras vibrações de aproximação das Entidades, entrei em verdadeiro ESTADO DE PÂNICO, simplesmente porque, comigo, não estava acontecendo, aquilo que todos em minha volta afirmavam: que eram médiuns inconscientes.

Mas não há mal que não traga um bem. Comecei a desconfiar que TODOS não fossem tão inconscientes assim, quando, em mim, a consciência estava bem presente e firme.

Só havia um recurso: estudar o assunto.

Foi o que fiz, com vagar, com persistência e paciência.

Hoje, com uma apreciável bibliografia à minha disposição, posso afirmar COM AUTORIDADE, “que todos aqueles que se diziam “inconscientes totais” estavam “mentindo”, não sei com que intuito. A mediunidade mecânica, inconsciente, em que o aparelho ficam como se estivesse em sono profundo é extremamente raro no mundo inteiro, contando-se nos dedos aqueles que, verdadeiramente, o são.

Na verdade, o que se passa no chamado “desenvolvimento” (palavra inadequada) é que as Entidades “tomam o médium” em três fases distintas, a saber:

1º) – Domínio das faculdades sensoriais;
2º) – Domínio das faculdades motoras;
3º) – Domínio das faculdades psíquicas.

As primeiras manifestações são sensoriais, isto é, o médium começa sentindo “algo de estranho”, mãos geladas, braços e pernas dormentes, frio na espinha, na cabeça, na boca do estômago, etc. É a atuação das Entidades sobre os plexos nervosos, como primeiro sinal de sua aproximação.

Em seguida, as Entidades passam a dominar as “faculdades motoras” e o médium sente impossibilidade de desfazer certos gestos e atitudes que ele tomou SEM SABER PORQUE, mas que não “tem forças” para impedir. Quando um Caboclo DE VERDADE prende o braço esquerdo do médium nas suas costas, imóvel, horas e horas, ou quando um preto velho verga as pernas do médium, este não sabe porque, mas obedece, embora esteja “consciente” de que está fazendo aquele gesto ou tomando aquela atitude.

São as suas faculdades motoras que, secundando as manifestações sensoriais estão sendo “tomadas” CADA VEZ MAIS PELA Entidade, à medida que o seu organismo se prepara para a missão mediúnica.

A última faculdade a se entregar ao domínio dos Guias e protetores é, justamente, o psiquismo do médium, a sua consciência, a sua “guarda” para tudo de estranho que está acontecendo com ele. Quanto mais culto o aparelho, maior a sua resistência a entrega do seu psiquismo atuação das Entidades de incorporação.

Em primeiro lugar, vem o natural e louvável auto-policiamento do médium que, quanto mais bem intencionado estiver, mais receoso ficará de estar sendo tomado por sugestões neuro-anímicas motivadas pelo ambiente dos terreiros. Quanto mais ele se auto-policia, mais o seu psiquismo interfere, fazendo com que a Entidade que se aproxima só consiga tomar 20% ou 30% da sua vontade. É por isso que todo médium, seja qual for, começa muito anímico, com 10%, 20% ou 30% de incorporação ,e conseqüentemente, com 90%, 80% ou 70% de interferência do seu próprio “eu” nos trabalhos do Guia. Só com o tempo (muito tempo), à medida que o médium vai tomando ciência do “sucesso” dos trabalhos do seu Guia, é que as suas resistências psíquicas vão se quebrando e ele começa, então, a progredir na escala de incorporação, muito temo ainda, com 40% ou 50% do seu psiquismo “Fora do ar”” Os grandes estudiosos do assunto consideram 50% uma “boa incorporação”, o que nos leva a concluir que a coisa é muito seria mesmo. De 50% para cima o médium vai se apagando numa espécie de “aturdimento” crescente com a porcentagem de incorporação conseguida, isto é, de domínio da Entidade sobre o seu psiquismo. Os grandes médiuns, que trabalham com ótimos Guias e dão boa passividade, ficam na faixa dos 70%, chegando, às vezes, aos 80%. Jamais passam de 80%.

Muita Paz.

Fátima Damas

CONGREGAÇÃO ESPÍRITA UMBANDISTA DO BRASIL -CEUB

O texto acima foi enviado ao Grupo Povo de Aruanda no dia 05 de Abril pela irmã Renata.

Responsabilidade irresponsável


A Religião Umbanda não tem um órgão regulador de como os Terreiros devem funcionar pois afinal ela foi criada pelo Mundo Espiritual e sendo assim, é comandada pelos Mentores de cada casa.

Para regulamentar a parte material, documentação, a parte burocrática, preservação da imagem da religião, temos as federações estaduais que deveriam fazer isso, mas não fazem.

O que fazem é quase que tão somente filiar os terreiros em troca de um pagamento mensal, bimestral ou até anual, para, teoricamente, orientar e controlar a conduta de seus filiados e defender nossa Religião perante a sociedade.

Digo teoricamente por que na prática isso também não acontece.

As federações na ânsia de conseguirem filiados, vão aceitando-os sem critério nenhum, sem informações sobre a idoneidade dos novos associados, muitas vezes colocando o bom nome da religião na lama pelas besteiras que esses falsos umbandistas cometem contra a nossa religião e fazem isso com a aquiescência das federações.

Por outro lado, esses umbandistas por estarem filiados às federações se consideram legalizados e cometem os maiores absurdos em nome de nossa Religião por possuírem um “certificado” de filiado pendurado numa parede do terreiro, pois para os leigos, esse “certificado” teoricamente os credenciam a exercer os rituais umbandistas.

Tempos atrás tivemos o ataque gratuito de um jornal que se diz umbandista contra uma amada Entidade Umbandista.

Essa atitude revoltou profundamente aos que tomaram conhecimento do fato e que zelam pelo seu bom nome da Umbanda, mas infelizmente, nenhuma federação tomou a frente e questionou o ataque e a intolerância religiosa por parte do autor da matéria.

Ficou por isso mesmo.

Ora, se as federações umbandistas existem para defender o bom nome de nossa Religião, porquê não o fazem?

Porquê ficam alheias e não tomam a iniciativa de defender-nos dos ataques dos não simpatizantes?

Em programas televisivos evangélicos, somos diariamente atacados na nossa fé, com acusações das mais variadas, com encenações irreais que dizem que praticamos os rituais mais macabros que uma pessoa possa pensar e mais uma vez nossas federações ficam omissas, não tomando a iniciativa de exigir o respeito de liberdade religiosa garantida por Lei.

Creio que esteja na hora dos donos de terreiros filiados nas federações exigirem destas, uma postura de acordo com os interesses da Comunidade Umbandista que é bem representar nossos interesses religiosos perante à sociedade de uma maneira geral.

Se assim não agirem, nas próximas eleições das diretorias dessas organizações, vamos eleger para o seu comando, pessoas que tenham comprometimento com a nossa crença e que se conduzam como verdadeiros Umbandistas

Não sou contra a existência das federações mas está na hora delas exercerem na prática, o motivo de sua criação que é no mínimo, defender nossa religião.

Renato de Oxossi

Religioso diferente


Na maioria das religiões existentes, seus adeptos dirigem-se aos seus Templos para pedir, agradecer, louvar, enfim, buscar algo para o alento de suas dificuldades do dia a dia.

Na Umbanda ocorre o contrário. Seus integrantes vão ao Templo para doar.

Os Médiuns Umbandistas freqüentam inicialmente seus Terreiros para desenvolver-se mediunicamente e aprender sobre a religião.

A partir de completado esse aprendizado, que não é rápido como muitos pensam, vão às sessões para ajudar e prestar a caridade.

São cientes da enorme responsabilidade que tem em estarem preparados para receberem suas Entidades e transmitir boas mensagens de caridade, esperança aos que ali procuram uma ajuda e boas palavras para seus problemas diários.

O Médium preparado e ciente de sua responsabilidade não mede esforços para comparecer aos trabalhos, enfrentando chuvas, tempestades, ônibus lotado, cansaço, dificuldades pessoais pois sabe perfeitamente que sua presença é fundamental para que as suas Entidades possam transmitir os bons ensinamentos vindos do mundo espiritual.

Muitos consulentes chegam para receberem seus passes e conselhos, porém, não tem a menor idéia que para o Médium estar ali, naquele momento, suas obrigações com a Religião já se iniciaram horas antes, ainda em casa, tomando banhos de descarga, fazendo defumações, orando, justamente para que quando se iniciarem os trabalhos, tudo aconteça na maior normalidade, e suas intervenções sejam eficientes.

As pessoas freqüentadoras da assistência dos terreiros acham bonito ver os Médiuns trabalhando com suas Entidades, porém, se aquele médium não estiver preparado e se sua dedicação for precária, a comunicação da Entidade poderá ser deficitária e muitas soluções que poderiam ser apresentadas pelas Entidades deixam de ser feitas, sendo isso a conseqüência do total despreparo dos médiuns. Daí a responsabilidade da boa preparação.

Como explicar uma pessoa sair do aconchego do seu lar, abdicar de festas, jantares, encontro com amigos para ir prestar a caridade para pessoas que na grande maioria das vezes nem conhece?

Somente há uma explicação: Amor ao próximo, bom coração, compromisso com o mundo espiritual e principalmente fé.

Aproveito esse momento para ressaltar a importância dos Médiuns dedicados, realmente comprometidos com nossa Religião e transmitir-lhes a certeza que o mundo espiritual jamais os abandonará.

Cada momento de dedicação e comprometimento com suas Entidades e com sua Religião serão devidamente recompensados por Deus, independente de você pedir.

Renato de Oxossi

MINHA MAIOR DIFICULDADE


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Caros Irmãos,

a minha maior dificuldade quando iniciei era entender o que era Linha, Legião e Falange, eu ainda complico-me quando falo sobre o assunto e este é de suma importancia para o adepto, não é vergonha admitir desconhecer, mas é vergonha não querer estudar e distribuir o que pensa conhecer sobre o assunto, muitos falam mas são 7 Linhas e trabalhamos com X de Orixás, entenda que dentro de uma Linha poderemos encontrar outros Orixás, então não se limite a pensar que cada um Orixá tem que formar uma Linha, mas todo Orixá forma uma Legião/Falange, e dentro dessas existem sub(s).

Outra situação é tentar conhecer os Orixás sem que nos aproxime do Candomblé, isso é inevitável, pois para conhece-Los teremos que aprofundar um pouco no Candomblé, assim entenderemos toda essa magia e respeitar esta Religião, tal como respeitamos a Umbanda.

Falar de Espírito sem que façamos uso da Doutrina Kardequiana é outro mero erro que vários de nossos irmãos cometem e não quer dizer que estudar esta Doutrina, irá lhe tornar um Espírita, e sim lhe dará discernimento o que realmente é um espírito.

Falar de Sincretismo, sem que para tanto estude sobre os Santos Católicos, é outro erro cometido por diversos Irmãos, querendo ou não temos mais afinidades com a ICAR do que com o Candomblé.

Falar sobre Oriente, sem que faça um estudo das técnicas aplicadas por este maravilhoso Povo é o mesmo que desconhecer toda a importância de suas curas.

O estudo é preciso, não adianta ficar apenas no Terreiro, isso tem que ultrapassar barreiras, se você quer entender, conhecer, saber, terá que estudar, caso estivesse em outra Religião estaria em estudo continuo, então nada mais justo que estudar sobre a Umbanda e toda sua complexidade, como dizem somos uma colcha de retalhos e para conhecer a Umbanda, teremos que estudar cada retalho, pois iremos entender que estes retalhos unidos formam uma das Religiões mais linda desse mundão de Deus, que é a nossa Amada UMBANDA, lógico que muitos antigos Pais/Mães/Filhos no Santo discordam, mas também não repassam o que dizem conhecer.

Irmãos perguntem, indaguem, queira saber Fundamentos de qualquer coisa que está sendo feito dentro de seu Terreiro, de qualquer coisa que determinado Guia lhe repassa, pois vergonha não nos ensina nada, apenas nos leva a ignorância costumeira, tente sempre confirmar tudo que você lê e não entende, pois nem sempre podemos acreditar em livros, nem mesmo em outro ser humano, tenha em mente que você é portador de uma Mediunidade e que também tem em seu Eledá seus Guias, estes sim verdadeiros professores da vida e espiritualidade.

Com todo o estudo tire para si a sua verdade e esta exponha a seu Pai/Mãe no Santo, tente debater a sua verdade, dentro do respeito e amor ao próximo, irá surgir uma nova verdade e esta será a sua verdade, nunca esteja fechado em seu mundinho, sempre poderá acrescentar novos conhecimentos e fortalecer sua verdade.

Evite falar da verdade alheia, pois outrem poderá querer conhecer a sua verdade e nem sempre esta é a verdade de todos.

Estejam sempre em paz e vamos ao estudo de Umbanda!

Alex de Oxóssi

CIGANOS – TENTANDO DESMISTIFICAR


POVO ORIENTE: é uma Falange em grande ascensão dentro da Umbanda, chegando aos Terreiros na vibração de Xangô, normalmente conhecidos como mentores são Mestres de povos do oriente com grande desenvolvimento espiritual e conhecimento profundo de vários assuntos. São muito cultos e responsáveis, de poucas palavras e muito trabalho. Apresentam-se de forma humilde e simples, não necessitando de nenhum tipo de oferenda além da fé e da dedicação de seus aparelhos, além de exigirem o cumprimento de regras básicas para uma melhor interpenetração de energias com seus médiuns. Têm uma vibração extremamente sutil. E esperam que seus médiuns cumpram sua parte no que se refere ao preparo correto para trabalhar com suas energias. Trabalham mais pela irradiação do que pela incorporação propriamente dita.

CIGANOS DO ORIENTE: composta por aqueles que em encarnações anteriores tiveram grande conhecimento da espititualidade e de magia, a maioria encarnou entre o Povo Cigano e de tal povo preferiram guardar a imagem com a qual aparecem para nós. Em geral denominam-se Ciganos do Oriente, para situarem de onde vêm, pois viveram no antigo oriente médio ou no extremo oriente. São mais antigos, lembram-se de tempos mais remotos em que foram conhecedores do poder e da magia dos antigos templos.Não são tão sutis quanto o Povo do Oriente, mas também não são tão mundanos quanto os Ciganos (europeus, apenas para explicar). Levam tudo muito à sério, mas também são alegres, gostam de cantorias , bebem licores,vinho branco,chás de frutas, alguns fumam outros não, “Comem” (oferendas) comidas ciganas e muitas frutas e frutos da terra.Gostam muito de flores em suas oferendas e trabalham com cristais, cromoterapia, numerologia, astrologia,limpezas de aura, uso dos chacras, fluidoterapia, fluidificação de água com fins curativos, aromoterapia, tarot, e outros jogos e magias de seu conhecimento.Gostam muito de trabalhar com a cura física e com a doutrinação que cura espiritualmente.

CIGANOS: Povo nômade com grande conhecimento de magia , muito alegre, dançante, raça que tem conhecimento de muitos povos justamente por sua origem nômade e sua capacidade de num só tempo cultivar suas tradições e adaptar-se a novos lugares e costumes. Ao contrário dos Ciganos do Oriente, não passaram suas vidas no oriente, e sim em andanças pela Europa e alguns países do Oriente próximo , alguns poucos passaram pela Ásia, na altura da Índia, mas em geral vêm da Europa, e dos países da antiga cortina de ferro. Trabalham muito com magia do amor e de prosperidade. Bebem, fumam, e seu cardápio inclui as comidas ciganas tradicionais, frutos e frutas. Jogam cartas , lêem mãos São devotos de Santa Sara Kali, e de Nossa Senhora Aparecida. São católicos em sua maioria.

ESPÍRITOS CIGANOS: Estes são mais cultuados pelos Espiritualistas e pelo Povo Cigano (encarnado), onde segundo os Ciganos(encarnados) os espíritos não podem falar por não Ciganos, mas os nossos irmãos Espiritualistas discordam dessa afirmativa.

POMBAGIRAS CIGANAS/ EXÚ CIGANO: Não são , em geral ciganos de origem , tornam-se “ciganos” em função do seu modo de vida que levaram e/ou porque buscam o conhecimento da magia cigana para trabalharem, ou porque em algum tempo em suas vidas passadas conviveram com esse povo e dele adquiriram alguns hábitos, mas podemos encontrar entre estes ciganos, pois como em qualquer povo existe a necessidade de resgate de suas faltas. Podemos encontrar também entre a malandragem alguns espíritos de ex-ciganos que reencarnaram e se tornaram Malandros ( nem todos os Malandros se enquadram nesta afirmativa).

IMPORTANTE: Eu fiz uma adaptação de um texto da irmã Cristina Zecchinelli, que escreveu Sob irradiação e Orientação da Cigana da Estrada do Oriente, fiz a adaptação por não concordar com alguns fatos descritos no texto da nossa irmã.

O que temos que ter em mente é o respeito ao Povo Cigano(encarnado), pois estes foram perseguidos, em toda sua história desde os primórdios deste planeta, não temos direito de viver da cultura desse Povo, apenas vivemos o que nos é permitido, em nada contribui ao Médium de Umbanda e sua Mediunidade querer saber a vida de tal espírito, pois isso leva ao Médium a mistificação e isso não é bom a nenhum adepto de Umbanda, de nada adianta saber cor de roupa, perfume, isso ou aquilo, pois a história e apetrechos de trabalho quem irá dar é o Guia e não as histórias que lemos por aí e admito que a maioria das histórias contidas neste site é de cunho espiritualista e não Umbandistas, então as mesmas de nada adianta para a Umbanda. Respeitemos a cultura de um Povo e seu sofrimento, pois eles sim são o Povo Cigano e os Espíritos Ciganos seus ancestrais, nós somos apenas instrumentos de trabalho desses espíritos e não devemos dizer porque trabalhamos com espírito que se diz ter sido um cigano em vida, é que temos vínculos sanguíneos com esse Povo maravilhoso.