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OGÚN NA GUERRA DO PARAGUAI


(O ponto cantado de HUMAITÁ)

Retirado do Livro: As Mirongas de Umbanda – Tancredo da Silva

Quando o Brasil declarou guerra ao Paraguai, dominado pelo ditador Francisco Solano
Lopez, formaram-se diversos batalhões de voluntários em todo o país, especialmente nos Estados onde havia maior percentagem de descendentes africanos. Entre parêntesis: a guerra do Paraguai influiu muito na evolução social do elemento afro-brasileiro. Faziam parte dêsses batalhões sacerdotes dos cultos africanos, recrutados, às vêzes à fôrça, em bom número, no Maranhão, na Bahia, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, além de outros Estados.

No dia da passagem e batalha de Humaitá, os primeiros a sabverem da vitória das armas brasileiras foram os terreiros, onde o orixá Ogún Megê baixou e transmitiu a boa notícia, em 1867.

No mesmo dia da vitória, ainda ignorada aqui, Ogún tirou a seguinte corimba, que muitos cantam sem conhecer o que significa:

No campo de Humaitá
Venceu-se a guerra, meu Pai
Ogún, com seu cavalo de côr
Ogún Megê
Ogún Yara
Venceu-se a guerra, meu Pai
Ogún, com seu cavalo de côr

E assim foi anunciada a vitória dos brasileiros no Passo de Humaitá, festejada nos terreiros com grande entusiasmo. Até hoje, depois de quase um século, canta-se êste ponto:

Humaitá, Humaitá
Ó Rei de Umbanda
Ogún já venceu demanda.

Os sacerdotes africanos ajudaram o triunfo brasileiro, com a proteção de Ogún. Depois da guerra do Paraguai, muitos escravos obtiveram alforria, o que contribuiu para a emancipação final. Os terreiros ganharam prestígio com tais acontecimentos.

Quadro pintado por Mario Tossi

Onde Vivem os Caboclos


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Muitos companheiros que militam no Movimento Umbandista já ouviram falar que os Caboclos quando se despedem do terreiro onde atuam incorporados em seus médiuns, dizem que vão para a cidade de Juremá.

Outros falam subir para o Humaitá, e assim por diante.

Sabemos, no entanto, que os Caboclos não voltam para as florestas como ordinariamente voltam os que lá habitam. No espaço, onde se situam as esferas vibratórias, vivem os Caboclos agrupados, segundo a faixa vibracional de atuação, junto a psico-esfera da Terra. São verdadeiras cidades onde se cumpre o mandato de Oxalá assim determinou, colaborando com a humanidade.

Estes agrupamentos se dividem em sete, pois sete são as faixas de atuação vibratória onde os Caboclos irão desenvolver e aperfeiçoar seus médiuns, para os trabalhos realizados nas sete esferas do espírito.

É para as cidades espirituais que os Caboclos responsáveis pelos diversos terreiros levam os médiuns, dirigentes e demais trabalhadores, para aprenderem um pouco mais sobre a Umbanda.

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